Continuamos dos mais pobres.
A pobreza continua a ser superior à média da OCDE mesmo depois das transferências sociais.
Infelizmente, no nosso país há muito desprezo, ódio ou inveja a quem é pobre. Que um pobre vá a uma pastelaria comer um bolo e tomar um galão parece ser crime de lesa humanidade para, deve ser claro, os que, podendo não o ser no aspeto monetário, são tanto ou mais pobres de espírito.
Ainda, é claro, a pobreza interessa a muita gente que precisa dela para se afirmar socialmente. O que seria de certas pessoas, e instituições, sem pobres para desenvolver as suas ações de caridade, sem motivos para aparecer nas televisões, ter influência e poder social?
Sem qualquer reprovação para os que se mobilizam com genuína sinceridade, que são os discretos, que não levam as televisões atrás de si nas ações que desenvolvem.