O automóvel foi uma descoberta fantástica. Transformou toda a sociedade, que hoje é a sociedade do automóvel. Será sustentável? Isto é; pode imaginar-se um mundo onde cada família tenha uma automóvel?
O transporte aéreo é uma grande conquista da humanidade. E só meninas mimadas e tontas - que parece que ainda acreditam que há monstros debaixo da cama - podem julgar o contrário.
O que não significa que não deva ser racionalizado. Por exemplo, para as pequenas e médias distâncias é capaz de fazer maior sentido o comboio, incluindo o de alta velocidade.
Curiosamente, o país que mais aposta nesse tipo de transporte é a China, que continua a construir uma impressionante malha de linhas de alta velocidade.
Compreende-se pouco que os EUA não façam o mesmo, praticamente abandonaram o comboio, apesar do grande papel histórico que o caminho de ferro desempenhou na construção daquele país.
Obviamente, o lobby das transportadoras aéreas, e das petrolíferas, é muito grande.
Portugal também precisa de apostar mais na via ferroviária. E em uma ou duas linhas de alta velocidade para ligar o país ao resto da Europa.
Porque não faz? O peso do lobby dos fabricantes e vendedores de automóveis, assim como das petrolíferas deve de explicar muito. Assim como o interesse dos governos em sacar impostos das vendas de combustível e veículos.
É a regra, mas a emissão de CO2 e o consumo de combustível dos carros podia reduzir-se mais limitando a velocidade máxima, que não existe nas auto-estradas da Alemanha, por exemplo.
Ainda a este propósito, carece de explicação devida o facto de se autorizar a saída de fábrica de automóveis habilitados a violar, e por muito, os limites máximos de velocidade estabelecidos em vários países.
Podem adiantar-se duas explicações:
- Por um lado, a força das automobilísticas que supera a dos governos ou é suficiente para os comprar.
- Por outro, a maledicência dos governos que têm na caça à multa uma fonte de receitas substancial.