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Os EUA são o país que mais dinheiro despende. Simplesmente não é bem com os cuidados de saúde, antes com os negócios da saúde, com as seguradoras, com as farmacêuticas, tudo empresas privadas, cujo objetivo é o lucro, por isso sacam o mais que podem de dinheiro público afim de manter elevada a cotações das ações. Nos EUA e em outros lugares. Os cidadãos estão a pagar um preço muito elevado por esse estado de coisas.
Muito menos que a média da UE e da OCDE.
É certo que está ligeiramente acima da média da OCDE, mas longe dos melhores lugares. Mais importante do que a relação com o PIB é saber se o que está a ser feito é o suficiente para atender às necessidades e direitos de utentes e dos profissionais do setor, sem os quais não há bom serviço. A resposta parece ser negativa a concluir pelos notícias que saem a público de forma quase permanente. Portugal precisa de investir mais na saúde para para cuidar devidamente da sua população, cuja idade vai avançando.
Segundo o Eurostat, as famílias portuguesas são das que mais gastam do seu orçamento em restaurantes e hotéis. À nossa frente são estão seis países.
Qual a necessidade para Portugal se encontrar entre os países da Nato com maiores despesas militares face à sua riqueza? O que ganhamos com isso? Que contributo vem daí para o nosso desenvolvimento?
Finalmente, para não alimentar fobias, não deixe de se reparar que o gasto militar conjunto dos países europeus da Nato supera em muito o da Rússia.
Que loucura, que desperdício, que problemas já não se teriam resolvido com a aplicação útil desses fabulosos recursos, a doença e a fome, por exemplo, já feriam parte da história da humanidade, muito provavelmente.
Note-se que a unidade escolhida, percentagem do PIB, prova o esforço que cada país faz em face da grandeza da sua economia, isto é, não mostra o valor absoluto da despesa militar de cada país.
As despesas com a saúde representam 9% do Produto Interno Bruto, o que coloca Portugal acima da média da OCDE.
São dados globais que trazem surpresa quando decompostos nas suas duas componentes, a pública, a do Estado, e a privada, ou a dos cidadãos.
De facto, quanto ao financiamento estatal, a posição de Portugal cai, passa a ser inferior à média da OCDE.
Em contrapartida, o peso que as famílias suportam com os encargos com a saúde, volta a colocar Portugal nitidamente acima da média da OCDE; aliás, de entre os 36 países dessa Organização, as famílias portuguesas são das que mais comparticipam do seu bolso para os cuidados de saúde, para além dos impostos e dos descontos a que são obrigadas para o efeito.
Os encargos com a saúde representavam 9% do PIB em 2017; destes, 6% corriam à conta do Estado e 3% eram assegurados pelas famílias.
Os números apresentados permitem constatar que o Estado se desfaz progressivamente das suas responsabilidades na saúde empurrando-as para as famílias. De facto, no ano 2000, o Estado assegurava 70,47% do financiamento da saúde, valor que baixou para 66,64% em 2017; por contrapartida dos encargos suportados pelas famílias, que subiram de 29,53%, em 2000, para 33,36% em 2017.
O que comprova a crescente desresponsabilização do Estado em assegurar o direito à saúde dos seus cidadãos, vendo-se estes na contingência de substituir o Estado no que este devia, mas não faz. E os valores em causa são já muito significativos.
Assim, em 2000, por cada 5€ que o Estado aplicava na saúde, as famílias gastavam 2€;
Em comparação, em 2017, por cada 2€ que o Estado assegurava, as famílias, por seu lado, tinham de garantir 1€!
As despesas com os transportes representam 12,8% do total das despesas das famílias em Portugal, o que nos coloca entre os países com a maior nível de gasto nessa rubrica, embora ligeiramente abaixo da média da UE.
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