Nem vale um comentário
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Tempo de televisão concedido a cada personagem. Creio que em julho. Os asolutamente discriminados não aparecem.
As televisões favorecem sistematicamente uns e não tanto outros. É sempre assim, há quem tenha a vida facilitada, e quem a tenha dificultada. Isso reflete-se depois nos resultados eleitorais também.
Não será esse o obejtivo das televisões com esse comportamento?
O tema não é novo, mas não pode ser esquecido, pois urge terminar com essa indignidade.
É certo, no seio da OCDE, o caso português nem é dos piores, longe disso, mas não é motivo para descanso.
Evidentemente, há situações complexas, mas não se pode aceitar que as mulheres possam ser prejudicadas no vencimento, e na carreira, pela sua condição feminina, por engravidar e dar à luz filhos que têm de ser acompanhados.
A organização do trabalho, ao conviver muito mal com essas situações, em regra, é que está errada e deve mudar.
A prática da diferenciação do pagamento das mulheres relativamente aos homens em Portugal sempre foi muito mais acentuada no setor privado, e está a aumentar.
No setor público, a discriminação existe igualmente, embora bastante menor, e também está a aumentar.
Quando se observa o panorama da União Europeia e mais alguns países, consta-se que a discriminação salarial das mulheres no setor privado é generalizada e de que Portugal é um dos 5 países onde é maior.
Passando para o setor público, o traço dominante é o da manutenção da desigualdade salarial a desfavor das mulheres - com valores menores em Portugal, como se tinha assinalado, que desce também alguns posições no rol dos que mais discriminam - embora já apareçam alguns países onde o vencimento das mulheres supera o dos homens.
As razões para esta diferenciação salarial são várias, evidentemente, e até complexas, algumas, mas não se pode perder de vista de que, com ela, a entidade patronal, com reforço para a privada, consegue ganhos adicionais, maiores lucros.
Pode afirmar-se, de acordo com o gráfico, que, em Portugal, se verifica a tendência do aumento do salário dos homens relativamente ao das mulheres com o avançar dos anos; é principalmente a partir dos 35 anos que a diferença começa a acentuar-se.
De uma forma geral, a tendência acima referida, observa-se igualmente na UE, como mostram os gráficos seguintes. Que, do mesmo modo, comprovam que Portugal é dos países onde as mulheres são mais discriminadas no vencimento.
Finalmente, chama a atenção o facto de, em 4 gráficos, a situação das mulheres na Alemanha ser pior do que em Portugal; o que atesta que não é por a chefe do governo ser uma mulher que a situação geral destas melhora; pelo menos no que toca ao vencimento - isto é, ao reconhecimento social da atividade da mulher na esfera económica - não é assim...
A situação portuguesa é das melhores ao nível da OCDE. Mesmo assim, a diferença da taxa de emprego das mulheres com filhos para a taxa de emprego masculino sobe logo para a casa entre os 10% e os 15%, enquanto essa distância é insignificante no caso das mulheres sem filhos.
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