Os italianos não terão razão?
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É somente uma pequena amostra do terror que espalham pelo mundo. E feito durante a presidência de um "homem" que continua a ser apresentado como referência do país e defensor dos mais elevados valores, de seu nome Obama!
Aguentámo-nos enquanto país!
O apoio público, do Estado, às famílias e crianças é significativamente pequeno em Portugal; ainda mais o é o auxílio na doença e na incapacidade. O grosso dos apoios sociais é com os idosos.
Os encargos com a saúde representavam 9% do PIB em 2017; destes, 6% corriam à conta do Estado e 3% eram assegurados pelas famílias.
Os números apresentados permitem constatar que o Estado se desfaz progressivamente das suas responsabilidades na saúde empurrando-as para as famílias. De facto, no ano 2000, o Estado assegurava 70,47% do financiamento da saúde, valor que baixou para 66,64% em 2017; por contrapartida dos encargos suportados pelas famílias, que subiram de 29,53%, em 2000, para 33,36% em 2017.
O que comprova a crescente desresponsabilização do Estado em assegurar o direito à saúde dos seus cidadãos, vendo-se estes na contingência de substituir o Estado no que este devia, mas não faz. E os valores em causa são já muito significativos.
Assim, em 2000, por cada 5€ que o Estado aplicava na saúde, as famílias gastavam 2€;
Em comparação, em 2017, por cada 2€ que o Estado assegurava, as famílias, por seu lado, tinham de garantir 1€!
Portugal deu um grande salto na formação superior da sua população, dos seus jovens, depois do 25 de Abril de 1974.
Mas ainda continua abaixo da média da OCDE.
E, talvez pior, não aproveita devidamente os quadros que forma, com tanto esforço das famílias e do Estado. A prova, a emigração de jovens formados e outros que conseguem emprego mas em atividades não conformes com a preparação académica que alcançaram.
"As despesas com saúde, educação e cultura (quadro 1) têm seguido uma tendência decrescente, que traduz uma opção política clara e que assenta na perspectiva neoliberal de degradação do serviço público com a intenção mais ou menos declarada de privatização e mercantilização, particularmente agravadas no caso da educação e da cultura...
Essa tendência decrescente dos valores disponíveis para estes serviços fundamentais ocorre em sistemas já profundamente depauperados, com carências graves por força de um subfinanciamento estrutural e crónico, o que coloca os serviços de educação, saúde e cultura muitas vezes próximos da inoperância ou em ruptura real."
"Podemos analisar como os salários da administração pública acompanham a tendência decrescente do financiamento dos serviços.
Mas, nesse mesmo quadro, podemos observar a tendência contrária na coluna correspondente a «juros e outros encargos».
Enquanto nos últimos 10 anos a despesa com pessoal na administração pública decresce 5 mil milhões de euros, a despesa com juros e encargos da dívida cresce 3 mil milhões." Miguel Tiago
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