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Poucos nos procuram, ao contrário de algum sentimento generalizado que por aí anda.
O mundo em que vivemos foi moldado pelas migrações. Um processo carregado de violência e tragédias. Se continuar, como no passado, vários países - com uma identidade forjada ao longo de séculos, em alguns casos - serão, no futuro próximo muito diferentes do que são hoje.
O que fazem militares portugueses em África?
Publicamente, as justificações apresentadas são das mais bonitas, como sempre e com tudo! Mas quem é que pode ainda acreditar no discurso que mais se ouve na grande comunicação social?
Muito provavelmente as razões autênticas são outras.
Pérolas:
"Sea su patio trasero o no, lo cierto es que Francia tiene enormes ganancias económicas en sus excolonias"
"Las antiguas colonias de París absorben un 5% de las exportaciones francesas, a la vez que compañías galas en el continente africano extraen las materias primas que se envían posteriormente a Europa. Y eso sin contar con los casi 300.000 nacionales franceses que viven repartidos por las varias decenas de territorios francófonos. Metales en la República Centroafricana; petróleo en Gabón, algodón y oro maliense y uranio nigerino son algunos de los réditos económicos que Francia obtiene por la presencia de sus empresas en África. En este escenario, clave en la seguridad energética gala es la situación en Níger, donde la francesa Areva extrae entre un tercio y un 40% del uranio que utilizan las centrales nucleares francesas para producir dos tercios de la electricidad que consume el país. "
"Además del comentado poder de veto del Banco Central de Francia en los bancos centrales regionales, el 50% de las reservas de divisas de los distintos países de ambas zonas monetarias debe ser depositado en el banco central francés, lo que en la práctica ha supuesto y supone una inyección de liquidez y estabilidad para el propio Tesoro galo. "
Como somos poucos, os europeus, comparados com os nossos vizinhos africanos. Temos todo o interesse em contribuir para o seu desenvolvimento. E podemos fazer isso numa base em que ganham eles e ganhamos nós. Mas não é para aí que estão virados os governos, o que fizeram à Líbia o comprova. O que fazem em outros países, onde mantêm bases militares, ou enviam forças expedicionárias - com a participação de Portugal - também. O resultado é o que se sabe, constantes vagas de imigrantes.
Quem ainda está a fazer alguma coisa por África é a China. Não é ajuda, é negócio justo, ganham os chineses, ganham os africanos. E está a ser um lançar sementes à terra. Por exemplo, neste momento há mais jovens africanos nas universidades chineses do que nas universidades dos EUA e da Inglaterra em conjunto....
Depois da Suécia é Portugal quem mais atribuí a nacionalidade aos estrangeiros residentes. E há um incremento nessa política.
Nem todos procedem assim; é o caso da Alemanha, que gaba-se de ser o país que mais imigrantes acolhe, mas é dos que menos permite que estrangeiros adquiram a nacionalidade alemã.
O Governo, noticiou ontem uma rádio pela manhã, pretende atrair 75 mil imigrantes nos próximos anos, pois, justifica-se, sem isso a população portuguesa sofrerá uma forte quebra.
A este propósito:
1. Portugal é dos portugueses, não dos que governam, logo uma tal medida não deveria ser sujeita a sério debate nacional, incluindo a sua submissão a votos, fazendo constar a mesma dos programas eleitorais dos partidos que a defendem?
2. Se é para resolver o problema da natalidade, não existem outras medidas? Por exemplo, que incentivos se dá para promover a natalidade e de que apoios desfrutam as famílias, sejam de que tipo forem, para a criação e educação dos seus filhos?
Em qualquer caso, não é aceitável que o principal instrumento de uma política de natalidade seja o recurso à imigração.
3. Como se compatibiliza essa necessidade de imigrantes quando, ao mesmo tempo, pouco ou nada se faz para evitar a saída, a emigração de jovens portugueses, muitas vezes altamente qualificados, de que o caso de formados na área da saúde é o exemplo mais conhecido.
4. Aos futuros imigrantes serão garantidas as mesmas condições de trabalho de que gozam os nacionais em idênticas circunstâncias? Ou, pelo contrário, serão sujeitos a condições de vida, trabalho e de remuneração inferiores, com isso, pressionando também o rebaixamento das condições profissionais dos trabalhadores do país, isto é, o Governo, aproveitando e escondendo-se atrás da problemática da natalidade, não está a apostar na continuação do modelo económico dos baixos salários e dos direitos laborais enfraquecidos?
5. E já que o Governo avalia a necessidade quantitativa em 75 000, pode indicar também qual o perfil profissional desejado nos imigrantes, por outras palavras, em que setores de atividade serão necessários?
6. Ainda, o que faz Governo para ajudar ao desenvolvimento ou a garantir a paz nos países de origem de modo a que os seus cidadãos não sejam obrigados a emigrar pela força das necessidades?
Resumindo, há muito para debater; o Governo não pode simplesmente canalizar para a comunicação social uma tal informação, como parece que fez, sem promover um debate sereno mas aprofundado da questão.
É evidente, com diferenças tão acentuadas no nível de riqueza, não se parará a imigração dos continentes mais pobres para os mais ricos.
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