Portugal é o país com maior número do fogos florestais. Seria de esperar que fosse dos países que investisse mais nos serviços de combate aos fogos, bombeiros e relacionados, mas não é, é dos que se esforça menos.

Surpresa? Certamente, mas há toda uma indústria de combates aos fogos... e depois, aplicar dinheiro nesses serviços faz mal às contas públicas, O Centeno de certeza que jura. O que querem, as florestas ainda não são bancos.

A queda da Ponte Morandi, em Génova, foi um desastre anunciado; o panorama do gráfico é aterrador, a Itália reduziu em 62,3% o seu investimento nas infraestruturas rodoviárias nos últimos anos.

Por exigências da União Europeia, como acusou o governo atual, ou por outras razões, a realidade é que o feito é um crime. Infelizmente, quem acaba por pagar são sempre os que pouca ou nenhuma culpa têm.

E em Portugal, como estão as coisas?

Já vivemos a tragédia da Ponte Hintze Ribeiro, em Castelo de Paiva; há poucas semanas saíram notícias alarmantes sobre a Ponte 25 de Abril; e as outras situações de que não se fala?

Responsáveis já vieram a terreiro com palavras tranquilizadoras. Podemos estar descansados?

Não, não podemos.

O drama dos incêndios aí está para o provar; sempre que acontecem, prometem-nos que medidas adequadas serão tomadas; até à próxima, quando se verifica que pouco ou nada se fez, se é que não se deixou tudo ficar pior.