O mundo pode estar a mudar mais rapidamente do que imaginamos
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Portugal podia, devia e necessita de fazer muito mais, e de tratar melhor os investigadores que tem.
O investimento público é baixíssimo e o investimento total, público e privado, também, não retira Portugal dos últimos lugares.
O governo tudo sacrifica aos interesses de quem manda no euro, e aos agiotas da banca, ou, na sofistica linguagem oficial, o governo prioriza as boas contas públicas, que é como quem diz, "pobres mas honrados", é o antigamente aí outra vez e em força.
Sem surpresa, a taxa de investimento familiar portuguesa é das mais baixas da UE.
Como se pode observar, o maior investidor estrangeiro na Eunião Europeia são os EUA. O investimento direto da China até é bem pequeno.
Curioso que não se escuta ninguém a gritar que a União Europeia está a ser vendida aos EUA, como gritam quando os investimentos são da China.
Outro facto que impressiona é o volume de investimento com origem em offshores.
Os que gritam que a China está a comprar a União Europeia, deviam gritar mais que a UE está a comprar a China, pois, em termos percentuais, a UE investe mais na China do que este país na UE.
Se até ao ensino pós-secundário Portugal desenvolve um esforço razoável, o 25.º mais elevado entre os 37 países, o mesmo não sucede com o ensino superior; daí o Estado lava as mãos, Portugal cai aos trambolhões, para o 10.º país que menos investe.
A realidade dos números é como a prova do algodão, o que se revela é que a verdadeira política estatal é deixar o ensino superior para os que têm dinheiro, o que quer dizer, os filhos dos trabalhadores não são bem vindos.
Portugal não é dos que mais se esforça na Educação, não; e devia ser!
Não é animador o que se observa no investimento, uma variável fundamental para garantir o nosso futuro. O ligeiríssimo alívio dos anos mais recentes mostra que a linha de vida não está completamente na horizontal, ainda oscila...
Como seria previsível, o panorama descrito anteriormente para o 1.º ciclo do ensino básico não se altera muito se juntarmos o 2.º ciclo do mesmo nível de ensino.
A diferença mais nítida nota-se na consequência dos cortes, que, neste caso, fizeram com que a despesa de 2015 fosse inferior também à de 2013.
Portugal não está bem no ensino; isso vê-se logo na primária; muito claramente, não é a prioridade que devia ser; olhe-se como a Finlândia, que é apontada como exemplo, se esforça bem mais do que nós.
Faz-se sentir o efeito das medidas que se tomaram a pretexto de combater a crise; simplesmente, um país cortar na Educação é parecido a uma família cortar na comida ou nos medicamentos por falta de dinheiro.
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