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Artigos Meus

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26
Dez18

Dívida Pública

José Pacheco

A dívida pública portuguesa está a subir, ainda que de forma ondeada, desde a opção pelo euro; processo que se acelerou com as medidas tomadas para socorrer os bancos, e toda a austeridade promovida com o acordo com a troika.

Depois de atingir um máximo de 133% do PIB, a dívida mostrou tendência decrescente, contudo voltou a subir no 1.º trimestre de 2018 relativamente ao valor final de 2017.

O que estes valores significam é que a dívida não seria paga na sua totalidade mesmo que a toda a riqueza produzida no país durante um ano fosse destinada a esse fim. De forma caricata, mesmo que todos os portugueses morressem à fome, nem assim se livrariam da dívida. 

Como será o panorama no fim de 2018 é o que em breve saberemos; seja como for, mais ponto percentual para cima ou para baixo não invalida a realidade de que a dívida se mantém uma grilheta pesadíssima, que tolhe os movimentos do país e degrada todo o seu organismo. Portugal está a mirrar com a forma como se está a tentar resolver o problema.

Na medicina, se uma terapêutica não dá resultado, procura-se outra. Não deveria proceder-se do mesmo modo com a dívida

Porque é que o Estado está tão endividado? A explicação com que os do governo esmagaram todo o povo foi que os portugueses estavam a viver acima das suas possibilidades.

Não parece que os dados do gráfico, que são oficiais, testemunhem essa afirmação, apontando antes para duas outras ordens de questões:

- A primeira são as consecuências da adesão ao euro; a segunda foram e são as medidas de austeridade e o apoio dado aos bancos, no cumprimento das exigências de Bruxelas e da Zona Euro; tais foram justificadas como o meio para fazer baixar a dívida; não parece que tenham dado os resultados anunciados.

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Em % do Produto Interno Bruto, a riqueza criada no país durante um ano, Portugal continua a ter a 3.ª maior dívida da União Europeia, e apenas 4 países têm a dívida acima dos 100% do PIB.

 

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No 1.º trimestres de 2018, face a 2017, 16 países da UE diminuíram o peso da dívida no PIB e 12 aumentaram-no; note-se que um deles foi a Grécia, o que comprova que as brutais medidas de austeridade que lhe são impostas não contribuem para a diminuição da dívida, antes o contrário.

 

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