O consumo de antidepressivos é elevado e aumenta dramaticamente em Portugal
Os números são alarmantes e não deixam dúvidas.
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Os números são alarmantes e não deixam dúvidas.
Claro, os gestores e acionistas das ditas empresas não devem desejar que ninguém fique doente, mas querem que o negócio e lucro deles andem para a frente.
Assim, independentemente da complexidade das coisas, pode-se acreditar que as farmacêuticas estejam interessadas em encontrar a cura para o cancro? Isso não seria matar a sua fonte de lucros?
É mais credível julgar que se esforçam por o transformar em doença crónica...
Somos o 3.º país que mais anti-depressivos consome. Embora sem dados concretos, atrevo-me a dizer que se considerassem só os docentes o consumo seria ainda bem maior.
A situação de Portugal é trágica, a nossa sociedade está mesmo muito doente para que seja nesses medicamentos que os seus cidadãos encontrem algum alívio.
A venda de medicamentos sofreu uma drástica queda no nosso país; felizmente, desde 2015 tem havido uma ligeira recuperação, que, contudo, não permitiu ainda reverter a tendência de baixa.
As razões para este quadro serão várias, não sendo de excluir uma melhor racionalização nos hospitais, o que poderá ter provocado uma menor necessidade de compra de medicamentos.
Mas, sem dúvida, entre os fatores explicativos encontram-se os apertos monetários pelos quais os portugueses foram obrigados a passar, e de que ainda não se libertaram completamente.
Nesses anos sombrios eram frequentes os casos em que não se ia comprar os medicamentos à farmácia, não por não se precisar deles, mas sim por carência de dinheiro. O gráfico confirma isso mesmo.
Portugal é, de resto, um dos países onde se vendem menos medicamentos por habitante; Sendo conhecido que a população portuguesa é das mais idosas, que o consumo de medicamentos aumenta com o avançar da idade, pode-se imaginar a situação de carência e sofrimento que se esconde por detrás desse número, claramente, os portugueses, de uma forma predominante, não têm possibilidades de adquirir os medicamentos de que precisam para cuidar da sua saúde.
Se os cálculos forem feitos em paridades de poder de compra, o que permite ter mais em conta o poder de compra do dinheiro em cada país, a situação de Portugal melhora um pouco, sobe da 9.ª para a 14.ª posição, entre 32 países.
Tem importância, sem dúvida; todavia, se esta forma de cálculo representar alguma diferença na vida real, será apenas a de um ligeiro alívio, não a eliminação da situação de carência anteriormente descrita, infelizmente.
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