A taxa de fertilidade decrescente
No meu modo de ver é um problema bastante grave. Mas há quem diga que não. E o que se verifica é que esse decréscimo é paralelo ao desenvolvimento da sociedade, tal como hoje o entendemos. É complicado...
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No meu modo de ver é um problema bastante grave. Mas há quem diga que não. E o que se verifica é que esse decréscimo é paralelo ao desenvolvimento da sociedade, tal como hoje o entendemos. É complicado...
O casamento formal, com papel assinado, já não é a principal fonte para a constituição da família, em Portugal. É o que parece resultar da natalidade observada, com a maioria dos bebés a nascer fora daquele tipo de casamento.
Não creio que seja bom para a mulher e o filho que o primeiro nascimento ocorra aos 30 anos. Nem me parece que isso seja indicador de um funcionamento saudável da sociedade, antes pelo contrário.
Portugal perdeu população entre 2010 e 2019, diz a ONU; e a quebra no futuro, até 2050, será ainda maior, mantendo-se as tendências atuais. Já somos poucos e ainda vamos ser menos, dizem-nos.
O que acontecerá, salvo se os portugueses forem capazes de um golpe de asa que reverta a situação. Neste quadro, é criminoso apontar a emigração como solução para os jovens face à má vontade da elite política e económica em criar as condições necessárias para que os jovens se possam realizar profissionalmente e como cidadãos no nosso país.
A emigração forçada por falta de condições internas é inaceitável.
Condições de trabalho e de vida dignas - melhores salários, acessoa à habitação, por exemplos - são essenciais para a promoção da natalidade, para assegurar a manutenção da nossa identidade e país.
As perspetivas para a natalidade não são brilhantes. O que se passa? Entramos num mundo que não compreendemos ainda ou andamos a tratar muito mal a nossa espécie?
As portuguesas são das que mais atrasam a vinda do primeiro filho. As razões serão várias, mas as dificuldades da vida devem jogar aí um papel bem importante.
A sociedade não deveria atuar para corrigir isso? Para assegurar as condições necessárias à natalidade e à criação adequada dos filhos?
Garantir a manutenção da espécie não é um instinto básico?
É, mas o que se verifica é que a organização social, neste aspeto crucial, não é favorável ao que é natural.
À OCDE deu-lhe para assustar, que em 2050, por cada 100 pessoas entre os 15 e os 64 anos, haverá 72 com 65 ou mais anos em Portugal. Infelizmente, essas contas não dão à OCDE para sugerir políticas amigas da natalidade e para a criação dos filhos em ambiente saudável. Antes são pretexto para recomendações que tornam a vida dos trabalhadores mais penosas e abrem o caminho às negociatas privadas com a Segurança Social.
Um mapa impressionante; a imigração é o grande fator do crescimento populacional em boa parte da Europa centra e nórdica.
Em grande parte de Portugal a mortalidade supera a natalidade, no norte e na Grande Lisboa é a imigração que emagrece a população.
A questão da gravidez na adolescência não assume, em Portugal, a acuidade que se poderia julgar, a atender por notícias da comunicação social não faz muito. Felizmente que assim é. Não significa que o problema não exista, ao contrário, Portugal precisa de fazer mais, para se juntar resolutamente aos melhores exemplos da Europa, pois mais de oito gravidezes por cada mil mulheres na faixa etária dos 15 aos 19 anos é um valor que não se pode ignorar.
Portugal é um deserto de natalidade, com um pequeno oásis na região da Grande Lisboa e um ainda mais rarefeito no Algarve.
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