A parte que nos cabe
Alguém ainda tem dúvidas?
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Alguém ainda tem dúvidas?
Portugal é o país da Europa ocidental com menor poder de compra por habitante. Nas regiões onde é maior, iguala o poder de compra das regiões espanholas onde é menor. O governo e quem quiser pode continuar a gabar-se do valor do défice orçamental.
Os trabalhadores portugueses foram brutalmente penalizados para que o governo, a UE e a troica safassem os bancos as malfeitorias em que se meteram; o poder real de compra dos salários sofreu a 3.ª maior redução na UE. Desde então vereficou-se um certo alívio, é verdade, mas nada que se compare ao que já foi, muito menos ao que precisava e era possível ser.
Dos concelhos analisados, é o de Santa Maria da Feira que tem um maior peso no poder de compra a nível nacional - 1,41%.
O que se explica pela sua população residente, que é maior; individualmente, o poder de compra de cada feirense é menor do que o poder de compra de cada pessoa em quase todos os outros concelhos, mas como a população do concelho é substancialmente maior, todos juntos acabam por representar um maior poder de compra no total nacional.
Por outro lado, a quebra verificada, 2015 versus 2000, em Espinho e São João da Madeira deve dever-se a uma diminuição da população, talvez conjugada com a queda do poder de compra individual, no caso deste segundo concelho.
Se a carga fiscal (impostos + contribuições para a Segurança Social) sobre os salários em Portugal é inferior à francesa, por exemplo, e se, apesar disso, os trabalhadores franceses têm um nível de vida bem superior ao dos portugueses é porque o poder de compra do seu salário líquido supera em muito o dos portugueses, ou, dito de outro modo, o custo de vida em França ponderado pelo salário é inferior ao de Portugal. Muito claramente, os trabalhadores portugueses pagam demasiados impostos sobre o seu vencimento face ao alto custo de vida do país
Dos concelhos indicados, apenas os cidadãos de São João da Madeira, de Aveiro e Espinho têm um poder de compra superior à média de Portugal. Nos outros - Ovar, Santa Maria da Feira e Oliveira de Azeméis - o poder de compra das pessoas mantém-se abaixo da média nacional.
De 2000 para 2015 as pessoas de São João da Madeira perderam poder de compra - uma quebra de 12,6 pontos percentuais - assim como as de Aveiro; pode dizer-se, que os habitantes desses concelhos continuaram mais ricos do que o dos outros, mas menos; e, claro, mais ricos do que a média dos portugueses.
Ao contrário desses concelhos, nos outros ganhou-se poder de compra, com destaque para Ovar - um acréscimo de 15,40 pontos percentuais.
"As famílias portuguesas pagam os preços de electricidade mais elevados da Europa (tendo em conta o poder de compra)." Ricardo Paes Mamede
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