Os salários deprimentes
O salário mínimo, esse mostram sempre, e os outros, que nunca ou raramente apresentam. Lá sabem porquê!
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
O salário mínimo, esse mostram sempre, e os outros, que nunca ou raramente apresentam. Lá sabem porquê!
O salário mínimo de Portugal é de cerca de 60% do salário mediano, o que só é possível pelo baixo nível salarial praticado em Portugal. Elevar o salário mínimo é uma necessidade; mas, depois, como não se procede da mesma forma para com os restantes salários, criam-se ou agravam-se injustiças, com trabalhadores no início de carreira a ganhar quase tanto como trabalhadores com dezenas de anos de serviço.
E ainda há que quem considere um exagero a reicidicação do seu aumento para 850 € mensais.
Os trabalhadores portugueses foram brutalmente penalizados para que o governo, a UE e a troica safassem os bancos as malfeitorias em que se meteram; o poder real de compra dos salários sofreu a 3.ª maior redução na UE. Desde então vereficou-se um certo alívio, é verdade, mas nada que se compare ao que já foi, muito menos ao que precisava e era possível ser.
Se as projeções se confirmaram, os salários reais cresceram 1,1% em Portugal no ano que acaba de findar.
O ano de 2018 termina com Portugal a manter um salário mínimo nacional pigmeu. E anão continuará em 2019, como insuficientes se manterão quase todos os restantes níveis de vencimento.
Sempre foi assim em Portugal, desde o princípio do século passado. Em que resultou isso? Algumas grandes fortunas se amassaram, é claro, mas o país ficou agrilhoado ao atraso.
Foi assim, é assim, e continuará a ser mantendo-se os baixos salários, que são grilhetas do subdesenvolvimento, não rampas para o progresso.
Nota: Neste gráfico há alguma diferença dos valores da Polónia com outros constantes de gráfico anteriormente apresentado.
O tema não é novo, mas não pode ser esquecido, pois urge terminar com essa indignidade.
É certo, no seio da OCDE, o caso português nem é dos piores, longe disso, mas não é motivo para descanso.
Evidentemente, há situações complexas, mas não se pode aceitar que as mulheres possam ser prejudicadas no vencimento, e na carreira, pela sua condição feminina, por engravidar e dar à luz filhos que têm de ser acompanhados.
A organização do trabalho, ao conviver muito mal com essas situações, em regra, é que está errada e deve mudar.
26 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.