O canudo dá dinheiro
Os detentores de um curso universitário, logo no início da carreira, têm o vencimento sensivelmente superior aos que apenas possuem o ensino secundário e essa vantagem alarga-se com o passar dos anos.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Os detentores de um curso universitário, logo no início da carreira, têm o vencimento sensivelmente superior aos que apenas possuem o ensino secundário e essa vantagem alarga-se com o passar dos anos.
Portugal tem duas regiões, a do Norte e o Algarve, onde ainda predomina a baixa escolaridade, não considerando as Regiões Autónomas. O que, no seio da União Europeia, só acontece também em Espanha.
Se até ao ensino pós-secundário Portugal desenvolve um esforço razoável, o 25.º mais elevado entre os 37 países, o mesmo não sucede com o ensino superior; daí o Estado lava as mãos, Portugal cai aos trambolhões, para o 10.º país que menos investe.
A realidade dos números é como a prova do algodão, o que se revela é que a verdadeira política estatal é deixar o ensino superior para os que têm dinheiro, o que quer dizer, os filhos dos trabalhadores não são bem vindos.
Portugal é dos países onde as mulheres mais superam os homens na formação universitária.
A formação escolar dos jovens registou um incremento muito positivo. Hoje, praticamente todos concluíram o ensino secundário, 12 anos de escolaridade, pelo menos; esses juntamente com os que completaram um curso pós-secundário não superior e os formados com ensino superior (mestres ou doutores) perfazem cerca de 80% de todos os jovens, 20 - 24 anos; o que é motivo de grande satisfação.
Novamente se verifica que as representantes do sexo feminino tiram muito maior proveito da escola do que os varões do sexo masculino. A diferença aproxima-se dos 10%.
Em Portugal, no ano 2007, o número de mulheres com formação universitária já era superior ao número que os homens atingiram em 2017, 10 depois.
No que é mais importante, embora tenha acontecido um incremento importante, a realidade é que Portugal tem das mais baixas percentagens de universitários de entre os países da OCDE....
Portugal deu um grande salto na formação superior da sua população, dos seus jovens, depois do 25 de Abril de 1974.
Mas ainda continua abaixo da média da OCDE.
E, talvez pior, não aproveita devidamente os quadros que forma, com tanto esforço das famílias e do Estado. A prova, a emigração de jovens formados e outros que conseguem emprego mas em atividades não conformes com a preparação académica que alcançaram.
Portugal investe pouco na Educação, são os dados anteriormente expostos que o indicam. Que permitem concluir igualmente que o maior volume de despesas é realizado com os alunos do 3.º ciclo do Ensino Básico (Secundário Inferior, na leitura que faço da International Standard Classification of Education, ISCED 2011). Cada aluno desse Ciclo representa 20,55% do que se gastou no triénio por cada aluno em todos os ciclos de ensino...
Em Portugal, os detentores de um título académico do ensino superior auferem um vencimento quase 75% superior aos que apenas têm o ensino secundário. Por outro lado, Portugal continua a ter relativamente poucos formados com nível superior.
25 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.